O “Massacre do Rio Abacaxis” vitimou quatro ribeirinhos e dois indígenas Munduruku; dois anos depois, o caso segue impune

Comunidade Pilão, do povo Maraguá, no Rio Abacaxis. Foto: Carla Cetina e Luiza Machado/Cimi Norte 1
Comunidade indígena no rio Abacaxis. Foto: Cimi Regional Norte 1

Dois anos após o “Massacre do Rio Abacaxis”, mais de 30 entidades, incluindo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), denunciaram em carta o contexto de violência na região do Baixo Madeira, nos municípios de Nova Olinda do Norte e Borba (AM). Nesse episódio, quatro ribeirinhos e dois indígenas Munduruku perderam a vida – o caso segue impune.

“Os últimos anos têm sido marcados pela supressão de direitos e pela crescente violência contra minorias políticas. A exemplo dos ataques da Polícia Militar (PM) na Terra Indígena Pium (RR), do assassinato de Genivaldo pela Polícia Rodoviária Federal e, mais recentemente, pelo assassinato de Bruno Pereira e Dom Philips, no Vale do Javari. Para além da violência institucional, esses e outros casos são marcados também pela impunidade. Como se observa no Massacre do Abacaxis, ocorrido no ano de 2020 na região do Baixo Madeira, nos municípios de Nova Olinda do Norte e Borba (AM)”, afirmaram as entidades logo no começo da carta.

As entidades afirmaram, ainda, que, devido à existência e resistência dos povos da região do Abacaxis, elas “continuarão lutando” também. Em seguida, foram elencados sete requerimentos e reafirmações, entre elas: “que a Polícia Federal faça as diligências necessárias para conclusão das investigações, e seja oferecida denúncia pelo Ministério Público Federal – Procuradoria criminal – para responsabilização criminal dos autores e deem esclarecimentos sobre o caso”.

Veja aqui a íntegra da carta.

Fonte: Cimi

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